A ÉPOCA DOS CAMPEÕES
Nesta época registou-se uma alteração na Direcção do SCFarense, com a entrada do Prof. Férin como coordenador do Futebol Juvenil e, consequentemente, com a renovação de todo o quadro do Departamento do Futebol Juvenil.
O Departamento concedeu-me a possibilidade de continuar o trabalho desenvolvido na época anterior, agora na equipa A. Aliás, entendeu-se implementar o regime da rotatividade dos técnicos, ou seja, cada técnico responsável teria de fazer 2 épocas com os mesmos jogadores, iniciando nos B’s, terminando nos A’s e regressando aos B’s para nova sequência.
Para mim, esta era a época para confirmar o trabalho desenvolvido na época anterior e não escondo a expectativa de verificar os resultados. O objectivo seria sempre fazer melhor que na época anterior e registar a evolução individual dos jogadores. Ser treinador do escalão de infantis é uma actividade de extrema complexidade e responsabilidade.
No campo, tinha um novo auxiliar, o Prof. Adriano Machado (Um excelente profissional que pouco tempo depois saiu), dirigentes activos como Paulo Cartaxo e Toni Matias, todos os jogadores transitados e ainda novos elementos como Luís Oliveira, Jorge Santos, Ricardo Ferreira entre outros.
Mantendo um sistema de 1-3-2-1 (Sistema que faço questão de manter porque considero ser o modelo que melhor prepara os jogadores para o futebol 11) e dando continuidade ao trabalho efectuado, a equipa deu resposta adequada em competição e os resultados foram surgindo.
Transcrevo o que reportei na altura: “Esta foi uma época difícil, como todas, mas não me lembro de tantos condicionamentos. Foi uma época especial, porque apesar de tudo, se conseguiu atingir o objectivo final.
Esta foi uma época de confiança na continuidade de um trabalho programado para dois anos. Foi uma época de atritos internos superados. Foi uma época de um plantel de 16 jogadores, cujo desnível qualitativo separava o grupo em 8 ( Grupo referência da equipa: Pedro Eugénio, Luís Oliveira, André Uva, Álvaro Gomes, João Fitas, Tiago Oliveira, Jorge Santos, Luís António). Foi uma época de lesões (Extra futebol), doenças e castigos escolares. Foi uma época de esforço e superação. Foi uma época de condições climatéricas surpreendentemente adversas. Foi uma época de limitações ao nível de condições de trabalho (Utilização da Neves Junior, onde qualquer carga de água tornava impraticável qualquer treino). Foi uma época de quebras e sortes inesperadas. Foi uma época de 3 jogadores na Selecção do Algarve (Pedro Eugénio, Luís Oliveira e André Uva) e 2 Jogadores fizeram testes no Sporting CP (Pedro Eugénio e Luís Oliveira). Foi uma época em que só vivida por dentro se pode avaliar ou quantificar o valor do resultado final. Esta foi a época de uma fornada de jogadores de carácter, de qualidade identificada e de muita esperança, que esperamos não ver desperdiçada.”
Digo sempre que esta foi uma equipa de carácter e esse foi o seu principal argumento ao longo da competição. Revejo o jogo com o Quarteirense em Quarteira, como o melhor em termos colectivos. Lembro as fases difíceis em que não sabíamos com que jogadores podíamos contar para o jogo seguinte. Recordo a importância das vitórias em Lagos e Vila Real, numa fase de fragilidade da equipa. Lembro-me até da derrota com o S. Luís que nos fez pensar que tínhamos hipotecado a época. Mas no fim, o resultado foi positivo e os miúdos mereceram aquela volta ao S. Luís e aquela emoção toda. Só pela sua alegria e pela sua evolução já tinha valido a pena.
O Farense conquistou o campeonato na última jornada com um ponto de avanço sobre o Quarteirense e 2 sobre o Louletano. No ultimo jogo, vencemos o Inter de Almancil, em Almancil, por 4-3. Queriamos terminar o campeonato com dignidade e manter a esperança que o Quarteirense não vencesse em Vila Real. No fim do jogo, a noticia que o Quarteirense tinha perdido o jogo decisivo.
Os Jogadores Campeões: David Farias; Leandro Carracinha; Luís António; Pedro Luís; Luís Dias; Ricardo Cavaco; Luís Arriegas Oliveira; André Uva; João Fitas; Ricardo Ferreira; Tiago Oliveira; Pedro Eugénio; Álvaro “Kiwi” Gomes; Nuno Carvalho; Jorge Santos; Paulo Augusto.
Faço registo, porque mais importante, dos elementos que fizeram parte desta equipa de campeões:
Nesta época registou-se uma alteração na Direcção do SCFarense, com a entrada do Prof. Férin como coordenador do Futebol Juvenil e, consequentemente, com a renovação de todo o quadro do Departamento do Futebol Juvenil.
O Departamento concedeu-me a possibilidade de continuar o trabalho desenvolvido na época anterior, agora na equipa A. Aliás, entendeu-se implementar o regime da rotatividade dos técnicos, ou seja, cada técnico responsável teria de fazer 2 épocas com os mesmos jogadores, iniciando nos B’s, terminando nos A’s e regressando aos B’s para nova sequência.
Para mim, esta era a época para confirmar o trabalho desenvolvido na época anterior e não escondo a expectativa de verificar os resultados. O objectivo seria sempre fazer melhor que na época anterior e registar a evolução individual dos jogadores. Ser treinador do escalão de infantis é uma actividade de extrema complexidade e responsabilidade.
No campo, tinha um novo auxiliar, o Prof. Adriano Machado (Um excelente profissional que pouco tempo depois saiu), dirigentes activos como Paulo Cartaxo e Toni Matias, todos os jogadores transitados e ainda novos elementos como Luís Oliveira, Jorge Santos, Ricardo Ferreira entre outros.
Mantendo um sistema de 1-3-2-1 (Sistema que faço questão de manter porque considero ser o modelo que melhor prepara os jogadores para o futebol 11) e dando continuidade ao trabalho efectuado, a equipa deu resposta adequada em competição e os resultados foram surgindo.
Transcrevo o que reportei na altura: “Esta foi uma época difícil, como todas, mas não me lembro de tantos condicionamentos. Foi uma época especial, porque apesar de tudo, se conseguiu atingir o objectivo final.
Esta foi uma época de confiança na continuidade de um trabalho programado para dois anos. Foi uma época de atritos internos superados. Foi uma época de um plantel de 16 jogadores, cujo desnível qualitativo separava o grupo em 8 ( Grupo referência da equipa: Pedro Eugénio, Luís Oliveira, André Uva, Álvaro Gomes, João Fitas, Tiago Oliveira, Jorge Santos, Luís António). Foi uma época de lesões (Extra futebol), doenças e castigos escolares. Foi uma época de esforço e superação. Foi uma época de condições climatéricas surpreendentemente adversas. Foi uma época de limitações ao nível de condições de trabalho (Utilização da Neves Junior, onde qualquer carga de água tornava impraticável qualquer treino). Foi uma época de quebras e sortes inesperadas. Foi uma época de 3 jogadores na Selecção do Algarve (Pedro Eugénio, Luís Oliveira e André Uva) e 2 Jogadores fizeram testes no Sporting CP (Pedro Eugénio e Luís Oliveira). Foi uma época em que só vivida por dentro se pode avaliar ou quantificar o valor do resultado final. Esta foi a época de uma fornada de jogadores de carácter, de qualidade identificada e de muita esperança, que esperamos não ver desperdiçada.”
Digo sempre que esta foi uma equipa de carácter e esse foi o seu principal argumento ao longo da competição. Revejo o jogo com o Quarteirense em Quarteira, como o melhor em termos colectivos. Lembro as fases difíceis em que não sabíamos com que jogadores podíamos contar para o jogo seguinte. Recordo a importância das vitórias em Lagos e Vila Real, numa fase de fragilidade da equipa. Lembro-me até da derrota com o S. Luís que nos fez pensar que tínhamos hipotecado a época. Mas no fim, o resultado foi positivo e os miúdos mereceram aquela volta ao S. Luís e aquela emoção toda. Só pela sua alegria e pela sua evolução já tinha valido a pena.
O Farense conquistou o campeonato na última jornada com um ponto de avanço sobre o Quarteirense e 2 sobre o Louletano. No ultimo jogo, vencemos o Inter de Almancil, em Almancil, por 4-3. Queriamos terminar o campeonato com dignidade e manter a esperança que o Quarteirense não vencesse em Vila Real. No fim do jogo, a noticia que o Quarteirense tinha perdido o jogo decisivo.
Os Jogadores Campeões: David Farias; Leandro Carracinha; Luís António; Pedro Luís; Luís Dias; Ricardo Cavaco; Luís Arriegas Oliveira; André Uva; João Fitas; Ricardo Ferreira; Tiago Oliveira; Pedro Eugénio; Álvaro “Kiwi” Gomes; Nuno Carvalho; Jorge Santos; Paulo Augusto.
Faço registo, porque mais importante, dos elementos que fizeram parte desta equipa de campeões:
David Farias (Um dos novos elementos. Guarda-Redes em inicio de processos, mas que se superou, muitas vezes contra si próprio.);
Leandro Carracinha (Um dos novos elementos. Guarda-Redes com potencialidades que desistiu de provar capacidades);
Luís António (Elemento proveniente da época anterior. Defesa Direito de confiança e regularidade, manteve-se um miúdo extraordinário.);
João Fitas (Elemento proveniente da época anterior. Um jogador de forte personalidade e disciplina, foi uma aposta ganha como trinco e um dos alicerces da equipa);
André Uva (Elemento proveniente da época anterior. Utilizado a defesa/médio esquerdo, evoluiu a sua capacidade de cobertura e de eficácia defensiva. Revelando grande maturidade, manteve os níveis de evolução e a criar grandes expectativas);
Luís Oliveira (Um dos novos elementos. Um reforço de qualidade acima da média. Um central de classe e maturidade que transformou a equipa dando-lhe segurança, liberdade e confiança para criar. Um valor seguro.);
Álvaro Gomes (Elemento proveniente da época anterior. Era o nosso distribuidor/Avançado. Continuou a ser um jovem predestinado, mas que revelou maiores dificuldades de adaptação aos níveis competitivos. Mas a qualidade técnica não se perde.);
Nuno Carvalho (Elemento proveniente da época anterior. Tal como antes um jogador de emoções, de estatura baixa mas de elevado talento. Revelou dificuldades na transição.);
Tiago Oliveira (Elemento proveniente da época anterior. Repito o que disse: Jogador de distribuição e tecnicista, com capacidade de fazer várias posições, mas irregular na produtividade. Potencialidades não lhe faltam.);
Jorge Santos (Um dos novos elementos. Um avançado tipo que encaixou na perfeição na equipa. Boa técnica, acutilância, bom jogo de cabeça. Acrescentou qualidade e projectou o seu futuro.);
Pedro Eugénio (Elemento proveniente da época anterior. Confirmou as evidências do final da época anterior. Jogou como trinco, central, lateral direito, distribuidor. Polivalência, capacidade de interpretar o jogo, eficácia e qualidade nas acções. Ás vezes apetece-me dizer que eu criei este jogador, mas sei que não é assim. Eles é que se transformam.);
Ricardo Ferreira (Um dos novos elementos. Um falso lento que me despertou a atenção. Após o início da época, queria ir para o S. Luís, fui buscá-lo e disse-lhe que o seu futuro estava no Farense. Curiosamente, não lhe dei todas as oportunidades, porque tinha uma concorrência forte, mas sempre acreditei nas suas potencialidades. Trabalhou e evoluiu, tal como eu esperava.);
Pedro Luís (Elemento proveniente da época anterior. Repito o que disse na época anterior: Um jovem de grande coração, generoso, lutador e empenhado para ultrapassar limitações. Essa generosidade permitiu sempre colmatar dificuldades.)
Paulo Augusto (Elemento proveniente da época anterior. Um extremo veloz e eficaz que deixou grandes expectativas, mas que uma lesão afastou da equipa)
Luís Dias (Um dos novos elementos. Jogador que partiu em desvantagem relativamente aos restantes colegas.);
Ricardo Cavaco (Elemento proveniente da época anterior. Um jogador possante que esperava ver consolidada uma evolução que prometia, como central ou trinco. A concorrência no grupo não lhe deu grandes possibilidades e a desmotivação não ajudou.).
Refiro ainda: João Yuri (Que pena...), Mário Jorge Soares e Rui Barreto
ETaylor
4 comentários:
treina como jogas e joga como treinas!
Olá companheiro, aparece sempre e sem receio de te identificar, aqui estás em casa. Temos de marcar um encontro dos campeões ou de antigos colegas
ETaylor
Isso nao era mal pensado mister ! Belo campeonato que foi até á ultima e foi nosso !
Abraço Nuno
Meu caro Nuno, agradeço o teu contacto, tu és dos meus meninos e tu sabes. Naquele ano fomos campeões em tudo. Espero que estejas de volta ao futebol, porque o futebol ou o futsal ou o desporto sentem a tua falta. Serás sempre Grande Nuno, como jogador (que técnica)ou como pessoa (Honestidade e emoções.
Quando quiserem podemos sempre reunir aquele grupo.
Abraço
ETaylor
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