29/05/10

O PROJECTO AUTÓNOMO

Já me tinham falado num projecto autónomo para o futebol de escolas e infantil do SC Farense. Tudo o que seja para somar, só tem o meu aplauso. Inclusivamente, sempre acreditei que a autonomia dos escalões fosse uma solução, considerando as dificuldades do Clube. Basta ver o exemplo do Basquetebol. Mas, autonomia não significa independência.

Objectivamente, em relação ao futebol infantil, e por uma questão de princípio, penso que o SC Farense vendeu a alma colectiva a interesses pessoais e despachou um problema. 25 Euros nos Infantis são condicionantes que o futuro fará despertar e, sinceramente, só falta ter conhecimento do regresso de pessoas que contribuíram de forma objectiva para o esgotamento do futebol infantil.

De qualquer forma, apenas desejo que o projecto tenha pernas para correr maratonas e não para se esgotar por falta de … lucro.
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ETaylor

28/05/10

VAMOS EMPURRAR O SCF

Eu sou testemunha dos efeitos negativos que a queda do futebol profissional do SC Farense provocou no futebol de formação do Clube. Da mesma forma, todos sabemos dos efeitos generalizados que o crescimento do futebol sénior pode provocar em toda a estrutura.

O SC Farense está a uma vitória de recuperar estatutos e cimentar o seu crescimento, via mais uma subida de divisão nacional. Por isso, é importante o envolvimento de todos e o seu contributo no apoio da equipa. Um jogo, uma vitória e uma onda a empurrar os jogadores que descobriram esta oportunidade.
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ETaylor

TAÇA DO ALGARVE DE INFANTIS


Muitas vezes, excelentes “fornadas” de jogadores, são prejudicadas pelo facto do clube que representam militar em divisões secundárias, sem oportunidade de progredir em termos competitivos ou até de colocar em prova as suas capacidades perante equipas de divisão superior.

A Época e os Campeonatos de Infantis estão programados para terminar em Abril/Maio, promovendo um vazio em Junho/Julho, disfarçados com torneios eventuais ou tradicionais, mas que objectivamente resultam em paragem demasiado prolongada para os jovens praticantes.

Perante isto, considero que a Associação de Futebol do Algarve devia ponderar a criação de uma nova competição. Não estou a falar de torneios complementares, mas de uma prova oficial de Taça do Algarve de Infantis, complementar aos campeonatos.

A criação de uma prova com espírito de Taça, de abrangência universal a todas as divisões de infantis, por grupos ou a eliminar, que daria oportunidade a todos os clubes e jogadores, de todas as divisões, a demonstrar veleidades e que “esticava” a época para mais 6/7 semanas.

ETaylor

19/05/10

CAVALO DE CORRIDA

Na época 2001/02 comecei a treinar a Equipa de Infantis B do SC Farense que depois acumulei com a Equipa A. Na constituição da equipa B, fui “obrigado” a trabalhar com um GR, ainda com idade de Escola. Obrigado, porque o miúdo reunia condições extraordinárias para a posição, mesmo com o peso da exigência competitiva envolvente, quando estava na idade de se descobrir e descobrir aptidões. Como relatei na altura: “Guarda-Redes ainda com idade de escola mas com toda a escola de um grande guarda-redes”.

Recordo ainda, que nessa época os Infantis A foram convidados a participar no Torneio Internacional de VRSA e tivemos de convocar um GR com idade de escola, que apenas conquistou um prémio individual pela sua prestação na competição.

Obviamente que estou a escrever sobre Paulo Pinto.

Na época seguinte, Paulo Pinto regressou ao seu escalão para dar sequência ao seu crescimento natural e para reforçar a equipa de Infantis B. Perdido o contacto directo, sei que prosseguiu a sua carreira nos diversos escalões do SC Farense.

De Paulo Pinto recordarei sempre as suas qualidades e capacidades inatas e precoces para a posição específica de GR. Possivelmente, com exigências e pressões, também precoces. Pequeno, franzino, ágil e tecnicamente acima dos outros todos. Dos GR que treinei ao longo dos tempos, só o Vítor se aproximou em termos técnicos. Sabia também das suas capacidades para jogar em outras posições e para correr em corta-matos escolares. No entanto, não conseguia descobrir-lhe melhores aptidões do que a de GR e o seu futuro na baliza do SC Farense.

Só que a partir de certa altura da sua vida, Paulo Pinto descobriu ou redescobriu a sua verdadeira vocação: O Atletismo. Hoje, é um “Cavalo de Corrida” que corre ao sabor da sua vontade, na perseguição solitária dos percursos e dos cronómetros e com as cores do FC Porto.

Força, miúdo.

ETaylor

Nota: Acrescento a foto dos Infantis B 2001/02, num torneio de final de época em Ayamonte, em que Paulo Pinto é o GR. Em cima: Paulo Pinto (Fez todos os escalões até aos juvenis no SCF, salvo erro), Luís António, Pedro Eugénio (agora no Messinense), João Fitas (fez todos os escalões até aos juniores no SCF), Pedro Luís, Tiago Oliveira (Fez todos os escalões até aos júniores no SCF). Em baixo: Álvaro Gomes (fez todos os escalões de formação até aos séniores do SC Farense), Paulo Augusto, André Uva (esteve em vários clubes, mas foi júnior do SCF), Raul Curvelo (era escola como Paulo Pinto e cumpriu todas as etapas de formação do SCF) e Nuno Carvalho. Esta foi a formação base que conquistaria o título regional na época seguinte.
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Foto: João Glória

14/05/10

2009/2010 - INFANTIS A

Escolhi esta fotografia porque simboliza a época. Corremos sempre atrás de uma bola e de uma oportunidade para atingir objectivos de vitória, sem a conseguir alcançar.


Para esta época, estava previsto que o plantel de Infantis B da época anterior desse continuidade ao trabalho realizado e disputasse a primeira divisão de Infantis A, com justificadas expectativas, apesar do percurso intermitente no seu campeonato. Uma nova Direcção e um novo projecto prometiam a recuperação efectiva do escalão e um investimento seguro na formação.

Acontece que o arrastar de conflitos mal resolvidos, desmantelaram quase por completo um plantel que evoluía desde as escolas. Num lapso de tempo, em que muito há por explicar, nomeadamente o que se podia ter feito e o que se podia ter impedido, o escalão ficou dizimado e reduzido a escassos resistentes. Impressionante, o facto de uma equipa técnica ter conseguido destruir décadas de trabalho, num clube centenário. Sem jogadores e com vontades condicionadas, a primeira opção da Direcção foi extinguir o escalão e terminar com preocupações. A via mais fácil para resolver um problema que não residia nas prioridades.

De um momento para o outro, sem treinadores e sem jogadores, a Direcção resolve inscrever a equipa de infantis no campeonato. É nesta altura, que sou contactado por Carlos Suzana para orientar o escalão, pelo menos por uma época. Acontece que, sendo eu um dos maiores críticos pela extinção do escalão, tendo manifestado publicamente o meu desacordo, não poderia recusar ao “chamamento” de fazer sobreviver o escalão que tanto defendi. Foi uma questão de princípio e de defesa de uma causa, mesmo sabendo das dificuldades. Nestas coisas, acreditamos sempre que somos capazes de atingir os impossíveis.

Assim, conseguimos reunir um grupo de praticantes, maioritariamente de primeiro ano e com pouca escola, ao nível de uma competição de escolas A, para enfrentar um campeonato de Infantis A. Há diferenças que se podem reduzir, mas que nunca se podem ultrapassar. No fundo, foi este o cenário que tivemos de enfrentar.

Sinceramente, após o primeiro treino, ficou claro que com o desenrolar da competição iríamos registar um elevado número de abandonos, porque a equipa não estava preparada para uma competição de primeiro nível regional. Mesmo assim, acreditamos que no final da época alguns resultados seriam obtidos.

Desportivamente, esta foi a época menos conseguida do escalão. Os números confirmam uma perfeita nulidade. Reconhecendo limitações evidentes em termos colectivos, procuramos rendibilizar a evolução individual e com isso atingir o objectivo maior da formação. Mas é difícil consolidar a evolução individual sem resultados colectivos. Objectivamente, tentamos estimular os praticantes resistentes para o cumprimento das várias etapas do seu crescimento. De facto, para aqueles que cumpriram o seu primeiro ciclo de competição, esta experiência foi muito positiva.

Uma nota de insatisfação para com o clube. Em época de centenário do SC Farense, o escalão de infantis foi o único escalão que não foi convidado para as comemorações. Para além de indelicado, foi uma falta de respeito para com aqueles que, independentemente de tudo o resto, se apresentaram para representar as cores do clube quando não havia mais ninguém.

Faço registo, porque mais importante, dos elementos que fizeram parte desta campanha:

Igor José (Guarda-redes com aptidões e vocação para o lugar, prejudicado pela estrutura física que reduz elasticidade, mas que o crescimento transformará. Melhor entre postes que fora deles. Resolveu questões emocionais na abordagem de dificuldades e tem condições para evoluir… bastante. Precisa de trabalhar a defesa destra. Foi um dos resistentes.)

João Suzana (Guarda-redes de primeiro ano que descobriu o lugar e está apostado em evoluir. Corrigiu receios ao choque e abordagem, melhorou tecnicamente, mas falta escola e tempo para se descobrir numa posição de características especiais. Falhou demasiados treinos na fase final da temporada para consolidar a sua evolução e confiança. Foi um dos resistentes.)

Ruben Rachadinho (Utilizado como central, médio defensivo e de distribuição/construção. Um praticante que se recusa a ser um jogador de futebol. Tomara que tivesse em espírito de sacrifício, capacidade de sofrimento, de superação, fôlego e competitividade o que tem na cabeça e nos pés para jogar… á bola. Um elemento a considerar no futuro quando resolver ser competitivo, porque consegue desempenhar múltiplas funções. Foi um dos resistentes.)

Yuri Peres (Utilizado como médio de distribuição/construção e como avançado. Um praticante com potencialidades técnicas que insistiu em desviar as utilidades. Quando conseguir disciplinar comportamentos, quando conseguir disciplinar os seus recursos técnicos, quando objectivar as suas acções de jogo, quando quiser trabalhar as suas potencialidades, quando quiser apostar nas suas faculdades, confirmará de certeza um jogador de futebol, até lá… Foi um dos resistentes, apesar de ter estado muito tempo fora por comportamento inadequado.)

Isaac Mendes (Utilizado como central e lateral direito. Um miúdo de primeiro ano que não conseguiu disfarçar dificuldades de adaptação. Na mesma proporção, foi aquele que mais se empenhou e o que mais evoluiu. Disciplinado e aplicado, foi descobrindo com as dificuldades da posição e da competição, as formas adequadas de correcção e adaptação. Exigir mais era impossível. Com a mesma aplicação, o crescimento vem naturalmente com o tempo. Foi um dos resistentes.)

Ruben Seixas (Utilizado como lateral esquerdo, mesmo sendo destro. Sobejou em aplicação, atitude e entrega o que faltou em termos de qualidade técnica. É um praticante de primeiro ano que precisa de trabalhar pormenores técnicos, controlar ansiedades e dosear esforços. No fundo, precisa de tempo e oportunidades para corrigir deficiências técnicas e potenciar as suas melhores qualidades. Tem todo o tempo para crescer. Foi um dos resistentes.)

Vítor Amaro (Utilizado como avançado, médio direito, lateral, para além de outras opções de recurso. Potencialidades como extremo direito. Praticante com dificuldades de consistência e regularidade. Precisa corrigir níveis de concentração, competitividade e jogo colectivo. Carências físicas por falta de aplicação e por falta de competitividade interna. Tem tudo para evoluir se não arranjar desculpas. Foi um dos resistentes.)

João Rosa (Utilizado como avançado e extremo. Em termos atléticos foi o praticante de primeiro ano mais condicionado pela exigência da competição. Não estava, nem podia estar, preparado para os níveis competitivos da primeira divisão. Com argumentos técnicos, mas sem capacidade competitiva e atlética, dificilmente poderia ter feito melhor. Mesmo assim, precisa de rever processos e aplicação no seu desenvolvimento. Sem capacidade de sofrimento não se ultrapassam barreiras ou diferenças. Foi um dos resistentes.)

Jorge Cadillon (Utilizado em várias posições, apesar de eleger como preferidas posições ofensivas. É um praticante de primeiro ano que ainda se está a descobrir e ainda sem aptidões definidas. Podia ter evoluído de forma mais consistente, caso tivesse tido maior regularidade na presença aos treinos. Precisa de assumir os erros para os poder corrigir e tem todo o tempo do mundo para crescer. Tem potencialidades para evoluir de forma segura, desde que se aplique em conformidade. Foi um dos resistentes.)

Diogo “Didi” Vargues (Utilizado como avançado e em múltiplas funções. Um praticante que chegou no final do ano, a meio da época, para ajudar. Elemento de aplicação absoluta que disfarçou recursos técnicos e limitações atléticas. Poucos treinos e poucos jogos. Por ser verdade, direi que se todos os elementos do plantel tivessem a mesma capacidade de aplicação e disciplina de jogo, colectivamente os resultados seriam diferentes. Foi um dos resistentes.)

Carlos Costa (Utilizado como médio de distribuição/construção. Um praticante que obteve relevância no grupo, considerando os níveis técnicos e de liderança. Da mesma forma, o mais inconformado com a incapacidade colectiva, preferindo abandonar o grupo que lhe poderia oferecer o melhor estágio de progressão, optando pelo escalão de iniciados B.)

Miguel Bagarrão (Utilizado como avançado. Praticante de primeiro ano com dificuldades de mobilidade e limitações técnicas que conseguiu disfarçar com a generosidade do empenho e com a aplicação. Com o tempo de trabalho conseguimos detectar evolução, nomeadamente quando conseguiu dosear esforços e definir a objectividade dos seus recursos. De um momento para o outro, alterou comportamentos, desistiu de evoluir e desistiu da equipa.)

João Domingos (Utilizado como lateral esquerdo. Praticante esquerdino com técnica apreciável, potencialidades evidentes, mas sem qualquer interesse em investir no futebol e nas suas capacidades. Fiz tudo para o resgatar para o futebol, ele fez tudo para se desviar do futebol. Poucos jogos e poucos treinos. Tenho pena, porque mesmo não fazendo a diferença, podia ter crescido como praticante de futuro.)

Carlos Santos (Utilizado como avançado e múltiplas funções. Praticante de primeiro ano, elemento franzino, fisicamente frágil para uma competição deste nível de exigência, mas com carácter competitivo e recursos técnicos. Considerou sempre que o futebol era uma espécie de fuga ou refúgio, nunca como uma via de evolução para projectos futuros. Os projectos não se definem nestas idades e preferiu desistir de perder consecutivamente.)

Diogo Belela (Utilizado como lateral e outras funções defensivas. Elemento com limitações técnicas mas de entrega absoluta. Cheguei a acreditar que podia rendibilizar as suas capacidades e ajudar a crescer o seu futebol. No entanto, esteve sempre demasiado ausente nos treinos e nos jogos, até deixar de aparecer.)


Recordo ainda elementos que estiveram com o grupo, mas que não puderam ser inscritos: Hendrick Rosental (Primeiro ano) Iraíldo Júnior (com potencial, mas com problemas de inscrição por ser brasileiro), Leandro Coelho (Primeiro ano e muito potencial), João Ludgero (proveniente da Academia do Sporting Algarve, sem possibilidade de inscrição), Hélio (proveniente da Academia do Sporting Algarve, sem possibilidade de inscrição), Gonçalo (proveniente da Geração de Génios, sem possibilidade de inscrição), Gonçalo Martins (proveniente da Geração de Génios, sem possibilidade de inscrição)…

ETaylor

10/05/10

LOULETANO DC É O NOVO CAMPEÃO

O Louletano DC foi o grande vencedor do Campeonato Distrital de Infantis A da Região do Algarve. A equipa de Loulé, mesmo considerando uma quebra no final da primeira volta, foi seguramente a melhor formação do campeonato, merecendo com justiça o título regional. O Louletano DC, para além da qualidade do seu futebol, conseguiu o maior número de vitórias (21), foi a segunda equipa mais realizadora com 153 golos e a equipa mais consistente ao consentir apenas 33 golos. Maior eficácia absoluta era difícil, num campeonato onde os empates fizeram a diferença.

Nas últimas 5 épocas, depois de SC Olhanense (Campeão em 2005/06 e 2006/07) e Imortal DC (2007/08 e 2008/09) o Louletano DC é o Campeão 2009/10.
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ETaylor

09/05/10

RESCALDO DA JORNADA 26

A 26.ª Jornada do Campeonato Distrital de Infantis da 1.ª Divisão ficou marcada pelo feito do CDR Quarteirense que conseguiu a manutenção na última jornada, beneficiando da derrota do Esperança de Lagos em Silves e pelo excelente percurso efectuado na segunda volta. Por outro lado, em relação à jornada anterior, a AFA corrigiu o resultado do jogo entre o Alvorense e o Lusitano e com isso a equipa de VRSA manteve o segundo lugar na competição.


O Louletano DC (1.º) cumpriu o seu último jogo com uma derrota na deslocação a Quarteira. A equipa do CDR Quarteirense (8.º) venceu por 6-4 e assegurou a manutenção, depois de uma segunda volta digna de registo.

O Lusitano FC (2.º) manteve o seu percurso, recebendo e vencendo o SC Olhanense (7.º) por 4-1 e com isso assegurou o vice-campeonato a 4 pontos do primeiro lugar. O Olhanense assegurou a manutenção.

O FC Ferreiras (3.º) recebeu e venceu, como se previa, o ACRA 1.º Dezembro (13.º) por esclarecedores 27-1. Com isso, fechou o pódio do campeonato, fechou a competição como a equipa mais realizadora (154) e fechou também uma grande época. A equipa do Alvorense desce de divisão.

O Portimonense SC (4.º) cumpriu calendário na recepção ao GD Lagoa (11.º) vencendo por 5-4. Assim, a equipa de Portimão falha o pódio mas assegura uma boa segunda volta, enquanto o Lagoa desce de divisão.

O Sporting Algarve (5.º) recebeu e venceu de forma confortável o SC Farense (14.º) por 22-1. Apesar de tudo a equipa do Sporting assegura a manutenção e o SC Farense desce de divisão, na sua pior época de sempre.

O Imortal DC (6.º) também cumpriu calendário na deslocação a Faro, onde venceu o FC S. Luís (12.º) por 3-1. A equipa de Albufeira, sem fazer uma grande prova, assegurou tranquilamente a manutenção, enquanto o S. Luís desce de divisão.

O Silves FC (9.º) recebeu e venceu o CF Esperança de Lagos (10.º) por 2-1, ultrapassou o seu adversário directo na classificação e ainda o remeteu para a segunda divisão. A equipa de Lagos foi a grande decepção da prova. Objectivamente, descem os dois.


Fotos: Sporting Algarve vs SC Farense

ETaylor

01/05/10

TERMINOU A MINHA MISSÃO

Terminou o Campeonato de Infantis A, primeira divisão, e vejo cumprida a minha missão para com o clube, para com os meus princípios e, principalmente, para com o escalão, em tudo o que sustentou a sua continuidade.

Como certo, a época mais marcante como técnico de futebol. Como certo, esta deve ter sido a época mais infeliz do escalão, mas certamente a época de análise e reflexão. Como certo, o meu empenho na construção do futuro, num presente totalmente destruído. Como certo, o empenho de praticantes que descobriram níveis de exigência para os quais não estavam preparados, nem tinham capacidade para enfrentar. Como certo, estava uma época que não devia ter começado, mas que agora exige continuidade.

A minha missão e defesa de uma causa, está definitivamente cumprida. Que venham outros com o mesmo espírito e com sucesso superior.

Eu que tinha decidido terminar a minha carreira de treinador em 2008, depois de ter construído um histórico interessante no escalão, não podia concordar com a extinção do futebol infantil e só essa possibilidade me fez regressar, por uma época, na medida em que ninguém queria pegar numa equipa totalmente desmantelada, que tinha de começar de novo, com qualidade em défice e sem jogadores.

Após o primeiro treino confidenciei junto a outros técnicos que se conseguisse chegar ao final do campeonato já seria uma vitória. No final, compareceram 10 resistentes num confronto desigual. Foi uma vitória, mas não a única. A vitória principal foi que a maioria dos resistentes está diferente, para melhor.

Uma última nota de agradecimento aos pais e aos miúdos que me ofereceram uma Jabulani assinada por todos, que guardarei junto a outras gratas recordações.

ETaylor

SPORTING ALGARVE - 22 - SC FARENSE - 1

INFANTIS A
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1ª Divisão - 26.ª Jornada
Campo Cecília Viegas - Faro
Jogo: AA Sporting Algarve – 22 - SC Farense – 1
Técnico
: Emídio Taylor
Director do Escalão: Carlos Encarnação
Equipa Inicial: Igor José; Vítor Amaro, Isaac Mendes, “Didi” Vargues, Ruben Rachadinho, Jorge Cadillon, Iuri Peres (Cap).
Jogaram ainda: Ruben Seixas, João Suzana.
Não Jogou: João Rosa (Adoentado)
Golos: Iuri Peres (1)
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Comentário:
A equipa realizou a espaços e durante o primeiro tempo, talvez a sua exibição mais consistente. Em termos de organização e disciplina posicional, a equipa revelou melhor capacidade, mas mais uma vez perdeu nos confrontos e duelos individuais. Os erros de abordagem e a falta de consistência técnica têm feito toda a diferença. Diferença essa que o resultado não reflecte.

Como disse no jogo anterior, não é fácil alterar a rotina das derrotas sem capacidade de sofrimento e sem competitividade interna, mas é preciso entender a realidade desta equipa, onde o empenhamento e a aplicação não são uniformes e equilibrados. É preciso dar tempo ao crescimento, mesmo que lento.

Com este jogo terminou o campeonato e uma época em que a única vitória foi o facto de o Farense não ter desistido do escalão e termos contribuído para a evolução de um grupo de praticantes que se estrearam neste tipo de competição e cuja maioria ainda será infantil na próxima época.

ETaylor