12/09/07

2003/04 - INFANTIS B

O regresso á equipa B, em obediência ao quadro de rotatividade. Competia-me a tarefa de cumprir o calendário de objectivos de 2 anos, ou seja, formar jogadores e projectar uma equipa, considerando 3 pontos fundamentais e por ordem de prioridade: Formar Jogadores; Preparar uma equipa; Construir um plantel. Primeira época, sem exigências classificativas; Segunda época, competir com exigências classificativas (Nos A’s sobe-se e desce-se de divisão) e preparar jogadores para o escalão seguinte.

No campo, contava agora com o apoio do Prof. Pedro Filipe, e com os Dirigentes Paulo Cartaxo e Toni Matias, que dividiam funções entre A’s e B’s.

Havia grande expectativa na promoção das escolas A e na sua evolução e também nos resultados das actividades de captação.
Dos promovidos surgiram nomes como: João Rodrigues, Tiago Silva, Pedro Gonçalves; Ruben Marcelo, Diogo Andrade; Rudi Pereira, Ricardo Veloso, Rui Lopes, João Jóia, Ravel Carvalho e, ainda: José Cunha, Diogo Freitas, Filipe Correia, Daniel Fernandes, André Rachadinho, André Filipe, Marcelo Correia; Ruben Pedreirinho, Ricardo Casimiro, a quem tive de dar a notícia de que deviam voltar ás Escolas por causa da idade e por requisição do escalão.
Da Captação surgiram nomes como: Fábio Rosário, João Grelha, Nasser Larbi, Bernardo Madeira, João Vitorino, Nicolau Cardoso, Rui Viegas, Frederico Zanatti, Vítor Rodrigues, André Custódio…
Recordo, que mais uma vez, e considerando o numero elevado de aspirantes, tive enormes dificuldades em fazer a “filtragem” necessária e obrigatória.

Lembro-me que no primeiro jogo-treino fomos jogar com A’s do Pechão e levamos 9. No fim, virei-me para o Toni Matias e disse-lhe: “Temos equipa

Iniciamos o campeonato com uma goleada, acho que 7-1 ao Olhanense, e avaliando o potencial dos jogadores, tentamos manter o mesmo modelo (1.3.2.1) mas com carácter mais ofensivo, utilizando jogadores com essas características. Mas, a equipa caiu com estrondo. A competição requer adaptação e progressão.

Decidimos reorganizar, não o modelo/sistema, mas as características dos intérpretes. Fizemos correcções, adaptações e trabalhamos as alterações e interpretação do jogo. A equipa respondeu positivamente e tivemos cerca de 9 jogos sem perder.

Estava encontrada a estrutura, só faltava acrescentar jogos e jogos para cimentar. Estava encontrada a estrutura e a filosofia para a nova época, onde esta equipa, então a jogar sem diferenças de idade, podia fazer valer a sua qualidade.

A Equipa conquista a 4.ª posição em B’s, só com B´s e Escolas, e deixava fortes expectativas em relação á próxima época. No entanto, os Infantis A (Numa época em que se alteraram as regras do campeonato, durante a competição), não conseguiram a permanência na 1.ª Divisão.

Com isso, a equipa que tinha atingido níveis competitivos bastante interessantes e gerado fundadas expectativas, iria disputar a 2.ª Divisão. Facto que não motivou desmobilização, antes pelo contrário, fez reunir convicções e motivações em relação ao futuro. Pessoalmente, fiquei triste pelo esforço dos atletas e pelas possibilidades que eles ofereciam, mas esta adversidade passou-lhes ao lado e só queriam começar de novo.

Faço registo, porque mais importante, dos elementos que fizeram parte desta equipa de promessas:

Vítor Rodrigues (Proveniente do Riachense – Captação. Guarda-Redes estilista com escola e enorme potencialidade. Com maior regularidade e trabalho específico, dava garantias para as épocas seguintes);
João Rodrigues (Proveniente das Escolas. Chegou das Escolas como Guarda-redes. Ainda com idade de Escola solicitei que ficasse na equipa, mas não para jogar como GR. Apostamos em colocá-lo como defesa/Médio Esquerdo. Pegou o lugar com segurança, muita atitude e raça. Tinha o lugar assegurado, mas na época seguinte foi requisitado pelos B’s.);
Rudi Pereira (Proveniente das Escolas. Chegou com posição indefinida, já que queria ser GR e Avançado. Manteve a indefinição, mas rendeu sempre mais a avançado. Na época seguinte iríamos definir posições.);
André Custódio (Proveniente da Captação. Apareceu como jogador de campo. No seu estabelecimento de ensino era GR, fizemos o convite para o ser nesta equipa também. Aceitou e ficou.);
Tiago Silva (Proveniente das Escolas. Lateral direito de baixa estatura mas de elevada energia. Expectativas intactas.);
Pedro Gonçalves (Proveniente das Escolas. Para resumir, um dos melhores centrais com quem trabalhei. Inteligência, maturidade, personalidade e muito futebol. Um valor seguro.);
Ruben Marcelo (Proveniente das Escolas. Um jogador de emoções e personalidade, disponível, polivalente. Fez várias posições e gerou expectativas sobre a sua fixação. Íamos dar tempo.);
Diogo Andrade (Proveniente das Escolas. Ainda com idade de Escola solicitei que ficasse neste grupo. Um jogador acima da média. Um “meio-campo” com recursos seguros. Foi experimentado como trinco e distribuidor. Vi nele capacidades extraordinárias e fiz exigências elevadas. Era uma aposta para a época seguinte, mas foi requisitado pelos B’s. Perdi a oportunidade de o ver crescer.);
João Grelha (Proveniente da Captação. Fizemos um torneio de captação e ele foi a primeira escolha. Irreverência, velocidade, técnica em movimento, objectividade e golos. Estava encontrado o elemento, faltava conduzir o seu crescimento. Uma forte aposta para as épocas seguintes);
Nasser Larbi (Proveniente da Captação. Falar do Larbi é falar de correcção, disciplina, polivalência e eficácia.);
Bernardo Madeira (Proveniente da Captação. Nas minhas equipas a posição de trinco tem uma importância relevante e com trabalho conseguimos criar hábitos em Ricardo Pereira e João Fitas. Nesta equipa, apostamos em Bernardo Madeira e o resultado foi de grande confiança nas suas possibilidades. A confirmação estava reservada para a época seguinte.);
Nicolau Cardoso (Proveniente da Captação. Pediu licença para treinar e ficou. Com o plantel praticamente fechado, decidi que devia ficar e mostrar evoluções e evoluiu. Integrado, pedi que fizesse a diferença e fez.);
Ricardo Veloso (Proveniente das Escolas. Elemento tão reservado e tímido, como veloz e objectivo. Com ele, a equipa ganhava sempre dez metros em profundidade ofensiva. Utilizado como lateral e avançado, pertencia ao núcleo de jogadores mais utilizados e que, naturalmente, geravam expectativas);
Fábio Rosário (Proveniente da Captação. Um jogador muito evoluído tecnicamente, um remate extremamente potente e direccionado, grande capacidade de interpretação de jogo. O seu maior problema era o peso e a disciplina táctica. Utilizado como distribuidor, era ele que fazia a equipa jogar. Na época seguinte só podia ser enorme.);
João Vitorino (Proveniente da Captação. Jogador com potencialidades técnicas, mas que sempre demonstrou dificuldades em competição. Estava na equipa e reservamos expectativas para a época seguinte);
Ravel Carvalho (Proveniente das Escolas. Iniciou os trabalhos, mas não deu continuidade. Reapareceu na época seguinte).

Refiro ainda: João Jóia, Rui Viegas, Frederico Zanatti, Rui Lopes, André Palma


ETaylor

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