Não muito longe no tempo, os clubes investiam na formação fazendo serviço público, ocupando tempos livres de escolares na mesma proporção que tentavam construir ou descobrir, na base, os valores para alimentar os escalões de competição. O tempo foi outro quando se descobriu a importância da formação e a qualificação da formação. Não restou muito tempo para que o sector se transformasse num processo rentável, não só para os clubes como para os agentes desportivos que descobriram o caminho. Foi questão de juntar o útil ao agradável. Ninguém ficou de fora e ninguém podia ficar. Evidente questão de mercado.
Objectivamente a grande diferença reside no facto de os Clubes tentarem rendibilizar a formação com objectivos de alimentação dos vários escalões de formação competitiva, até ao escalão principal, enquanto os Agentes Desportivos se limitam a rendibilizar o espaço temporal da formação inicial, sem continuidade nos escalões sequentes.
O caso específico do SC Farense é o caso que devo pegar. O Clube que está quase a cumprir um século de formação viu-se, simplesmente, ultrapassado pelos condicionalismos do mercado, pelas vontades singulares e por siglas que não asseguram continuidade. É a vontade das pessoas.
Reconhecendo isso, não consigo entender, como é preferível optar por um agente desportivo em detrimento do Farense, quando as instalações de treino são as mesmas, quando foi preciso requisitar treinadores que eram do Farense e de outros clubes, quando se desviam formandos de uma camisola para outra, quando a diferença não reside no valor a despender, nem nos horários disponíveis. Da mesma forma, não consigo perceber opções de mudanças de camisola quando os técnicos são os mesmos e a divisão é inferior.
Eu sei que há razões que a própria razão desconhece, tal como sei que o Farense tem “facturas” a pagar pelo seu “desgoverno” ou insuficiências que a memória não esquece. Mas também sei que o Farense nunca desistiu, em todos os momentos, de continuar a ser Farense; de continuar o seu caminho de formação base, de continuar a alimentar os vários escalões de formação competitiva, independentemente das pessoas. Sem esquecer um novo ciclo promovido por uma nova direcção.
Mas também sei que o Farense é um oceano onde os rios irão desaguar… naturalmente.
Objectivamente a grande diferença reside no facto de os Clubes tentarem rendibilizar a formação com objectivos de alimentação dos vários escalões de formação competitiva, até ao escalão principal, enquanto os Agentes Desportivos se limitam a rendibilizar o espaço temporal da formação inicial, sem continuidade nos escalões sequentes.
O caso específico do SC Farense é o caso que devo pegar. O Clube que está quase a cumprir um século de formação viu-se, simplesmente, ultrapassado pelos condicionalismos do mercado, pelas vontades singulares e por siglas que não asseguram continuidade. É a vontade das pessoas.
Reconhecendo isso, não consigo entender, como é preferível optar por um agente desportivo em detrimento do Farense, quando as instalações de treino são as mesmas, quando foi preciso requisitar treinadores que eram do Farense e de outros clubes, quando se desviam formandos de uma camisola para outra, quando a diferença não reside no valor a despender, nem nos horários disponíveis. Da mesma forma, não consigo perceber opções de mudanças de camisola quando os técnicos são os mesmos e a divisão é inferior.
Eu sei que há razões que a própria razão desconhece, tal como sei que o Farense tem “facturas” a pagar pelo seu “desgoverno” ou insuficiências que a memória não esquece. Mas também sei que o Farense nunca desistiu, em todos os momentos, de continuar a ser Farense; de continuar o seu caminho de formação base, de continuar a alimentar os vários escalões de formação competitiva, independentemente das pessoas. Sem esquecer um novo ciclo promovido por uma nova direcção.
Mas também sei que o Farense é um oceano onde os rios irão desaguar… naturalmente.
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ETaylor
2 comentários:
Com todo o respeito que o seu trabalho me merece escrevo algumas palavras.
Para começar o título está mal deveria ser:
COISA QUE SE ENTENDEM.
e você com os artigos que escreveu antes de tomar conta da equipa sabe bem o que quero dizer.
Já agora gostaria de perguntar.
Quantas crianças dos 8 / 12 anos há em Faro e arredores ?
Alguém sabe ?
O grande SCFarense teria capacidade para colocar todos a jogar ?
Quantas são dispensadas por ano porque se pensa essencialmente no ganhar?
Quantas foram mandadas embora porque não tinham capacidade para jogar no Farense?
Eu vejo comentários destes e fico parvo como se dá voz "escrita" a uma cambada de ressabiados com os novos clubes e Escolas que se formam.
Durante quantos anos o Farense ignorou o C. D. Montenegro e o São Luís, tratou-os como clubes menores, agora só porque sairam miudos do Farense para este clube este é que é o mau da fita.
Falem com os diversos responsáveis desses clubes e concerteza eles lhes dirão da arrogância de todos eles durante anos, os actuais vão pelo mesmo caminho.
Anos e anos a roubar os melhores jogadores porque só se interessam por resultados.
Aliciavam os miudos porque era bom jogar no farense e nem sequer tinham a hombridade de falar cos os responsáveis dos Clubes
Outro exemplo.
O Farense chegou ao Campo da Horta da Areia e mandou tirar as balizas para o São Luís, pois os Escolas "B" vão jogar no São Luís.
Se queria que os miudos jogassem, optimo comprem balizas não "roubem" de um clube que há anos utiliza aquele campo.
Conclusão:
São Luís não tem balizas e Farense tem no São Luís.
Vamos ver até quando os miudos vão jogar no São Luís.
Por vezes falamos sem saber das coisas.
Pequenos Exemplos que podem dar que pensar em falar antes de saber.
Saudações Farenses
Acreditem que não gostam mais do Farense que eu.
Sei bem do que falo.
Caro senhor
Agradeço o seu comentário. Devo dizer que concordo com algumas coisas que mencionou e só não concordo com mais porque desconheço determinadas situações que referiu.
Este meu artigo teve um impacto que eu não esperava, porque no essencial o objectivo era fazer referência a uma situação que é evidente e não desafiar razões que todos temos um pouco.
O título do artigo até está escrito de forma a ser interpretado de duas formas, porque há sempre duas formas de ver uma questão.
Em nenhum momento culpo exclusivamente este ou aquele agente e muito menos faço a defesa cega do Farense. Apenas digo que não compreendo determinadas situações, não compreendo determinadas opções e faz-me confusão outras. Já realizei trabalho no Farense desde 2001 e garanto que a atitude em relação ao Farense se modificou quase tragicamente.
Da mesma forma que digo que a escolha pertence a cada um, gostava de perceber, até para ajudar o Farense a corrigir. A todos garanto que nunca pensei que tantos pudessem abandonar o Farense, principalmente em momento de recuperação.
Uma coisa também garanto, as pessoas não fazem a mínima ideia das dificuldades que o Farense atravessa, e se todos o abandonarem, então entraremos num ciclo vicioso sem qualquer tipo de retorno.
No fundo o que pretendo é contribuir para que os miúdos regressem ao seu clube, e como sou do SC Farense, que regressem a este clube.
Abraço
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