INFANTIS B
2ª Divisão Série A - 17ª Jornada / 09h30.
Campo Municipal de Quarteira - Nº. 2 (Terra Batida)
Assistência: aprox. 30 pessoas
Jogo: CDR Quarteirense - 4 - SC Farense -5
Técnico: Nuno Estevam
Delegado: Luís Gomes
Equipa Inicial: 18 - José Teixeira (30'), 2 - Diogo Martins (Cap.) (60'), 3 - Pedro Martins (60'), 4 - José Silva (60'), 5 - Duarte Esteves (60'), 10 - Rúben Rachadinho (36') e 16 - Daniel Silva (15').
Jogaram ainda: 1 - Igor José (30'), 6 - Rudi Madeira(11'), 7 - Andriy Oleksyn (29'), 8 - Rafael Fragoso (19').
Golos: Duarte Esteves (18' e 45'), Andriy Oleksyn (26' e 36') e Rafael Fragoso (52')
Melhor jogador em campo: A EQUIPA Farense
Nota de Reportagem: Realizando bons jogos, vindo em crescendo, melhorando o rendimento/eficiência do trabalho realizado em campo, fazendo jus ao lema da equipa: “Joga Bem, Joga Bonito”, a equipa SC Farense queria deixar o perfume do seu futebol em Quarteira, e assim foi.
Começo pelo fim, que jogo brilhante a equipa farense realizou, a defender, a atacar, na gestão de jogo, perante um adversário que optou sempre pelo contra-ataque, e sempre pelo mesmo atleta (com qualidades de um iniciado - alto, rápido, com alguma capacidade técnica e remate forte), beneficiando este do trabalho dos restantes colegas. Um jogador por muito bom que seja, nunca poderá ganhar a uma equipa. E foi o que sucedeu, a equipa visitante de forma organizada, com muita entreajuda e espírito de sacrifício, levou de vencida a estratégia adversária. Mais, deixou em campo uma imagem de marca daquilo que é e deve ser a formação, e em particular a do SC Farense. Todos jogam, todos contribuem, todos ficam satisfeitos por terem participado/contribuido de forma muito positiva para a equipa, algo que no passado recente (jogos anteriores), não se pôde combinar com o resultado (exibição vs resultado).
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Relativamente à partida, os minutos iniciais foram de estudo de ambas as equipas, onde o Quarteirense mais espevitado e "surpreendendo" a equipa visitante, na sua forma de jogar e com a estatura de alguns atletas (3), faria com que o Farense necessitasse de se adaptar ao estilo de jogo adversário e principalmente aos seus intervenientes. Curiosamente ou não, o SC Farense não acusou dificuldades no pelado, mostrando-se concentrado e rigoroso nos aspectos técnicos do passe e recepção, importantíssimos neste tipo de terreno.
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Com lances mais perigosos nos primeiros 10 minutos, a equipa visitada aproveita a indefinição de tarefas de entreajuda do adversário, criando 3 situações de remate, no entanto, mal direccionados. Estava definido o estilo de jogo do Quarteirense. O SC Farense identificado e ajustado ao mesmo, fez com que a partir daqui a partida fosse mais repartida, proporcionando mais lances, perto de cada uma das áreas, onde o sentido posicional e de antecipação farenses anulavam as jogadas contrárias, promovendo depois, com a bola em seu poder, ataques cada vez mais perigosos, culminando em golo aos 18 minutos por intermédio de Duarte, que em segunda oportunidade concedida pelo Guarda-Redes, e de pé esquerdo, facturou no seguimento de excelente jogada colectiva (poucos toques, mudança de flanco e criação de oportunidade a 2 jogadores). O segundo golo teve a mesma base, jogada colectiva, com desmarcações e passes para o espaço vazio proporcionado pelo adversário (sempre ou quase sempre com 3 defesas que não deveriam ter indicações para se aventurarem no ataque), e na recarga Andriy aumenta a vantagem. Perto do intervalo, e ainda com o resultado em 1-0, a equipa de Quarteira teve uma das poucas oportunidades de marcar, mercê de uma descompensação (subida ao ataque do defesa), onde à entrada da área só com o guarda-redes pela frente, o "iniciado" atira muito forte mas à figura.
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Na segunda parte, a velocidade empregue nos minutos iniciais pelo Quarteirense, causam muitas dificuldades, resultado também da alteração da estratégia até então, colocando um jogador no apoio ao "Iniciado" (passando de 3x2x1 para um 3x1x2). Das dificuldades criadas a equipa visitante cortava os lances como podia, mas da forma "proibida" (falada na palestra - evitar conceder cantos, devido a estatura de alguns dos jogadores adversários). Foi na sequência de dois cantos, a papel químico mas de lados opostos, que a equipa visitada logrou empatar a partida, aos 34 e 39 minutos, em bola batida ao primeiro poste, e uma das torres a desviar para o 2º poste. Na resposta e ao minuto 40, Andriy coloca novamente o Farense em vantagem, aproveitando excelente desmarcação de Duarte.
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Oito minutos volvidos, Duarte aumenta a vantagem, solidificando assim a verdade do jogo, premiando o empenho, e a qualidade de futebol praticado. Do Quarteirense pouco se via na segunda parte, mercê da saída do "Iniciado", e só dava farense o jogo. Rodando os jogadores, refrescando funções, eis que Rudi não rende na posição atribuída, sendo substituído por Rafael, mais rotinado na posição e mais exigente para com os defesas, consegue num roubo de bola perto da área, fazer gato sapato do defesa e com grande classe marcar o 5-2. Mudava-se os jogadores mas o rendimento mantinha-se alto e com grande qualidade.
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Na ponta final, com algumas unidades a acusarem desgaste maior, o jogo farense descaracteriza-se, passando a ser jogado mais individualmente (!!!), enquanto o Quarteirense, recolocando a sua arma, consegue diminuir distâncias no marcador, na sequência de duas bolas com defesa incompleta por parte do guardião da equipa visitante. A ponta final da partida foi vivida com alguma emoção extra, mais pelas oportunidades desperdiçadas pelo SC Farense, do que pelas chances (poucas) do adversário (a jogar mais com o coração que com a cabeça), para poder empatar a partida.
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Como sumário pode-se afirmar com clareza que esta foi a melhor exibição da época, pela exibição constante em toda a partida, pela entrega sem limites dos seus intervenientes, pela qualidade do futebol praticado, perante um adversário complicado e um piso "desconhecido". O resultado peca por ter sido pela diferença mínima, na medida em que o SC Farense jogou o suficiente para justificar uma vantagem mais dilatada. O desafio a que nos propomos nos próximos jogos, será manter, no mínimo, o nível apresentado, o que a avaliar pelos treinos e jogos, vamos ter novamente.
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Nuno Estevam