Quando tenho oportunidade procuro saber como estão aqueles que já foram meus Infantis. Desta vez procurei Nuno Carvalho e fiz-lhe algumas perguntas para partilhar aqui no blog. (Na foto do logo do blog, Nuno Carvalho é o terceiro a contar da esquerda)
Recordo-me de Nuno Carvalho como um miúdo bom, honesto, de convicções e com um coração do tamanho do mundo. Como praticante era um jogador de emoções, de estatura baixa mas de elevado talento. Achava eu que era uma promessa com futuro reservado. Era só dar-lhe tempo para crescer.
Fui treinador do Nuno Carvalho durante duas épocas nos Infantis B (2001/2002) e Infantis A (2002/2003) e pertence ao grupo de trabalho que conquistou o último título do futebol infantil do SC Farense.
Perguntei-lhe que recordações guarda desse tempo: “Já foi há algum tempo mas é impossível esquecer aquelas 2 épocas, o grupo era muito unido e muita por culpa do nosso treinador também. Acima de tudo éramos um grupo de amigos que gostava de jogar futebol, pois não era só nos treinos que nos encontrávamos, éramos colegas de turma (alguns) e amigos. A melhor parte da época foi sem duvida o jogo do título, em que estávamos dependentes de terceiros e mesmo assim conseguimos ganhar na última jornada. Foi um momento inesquecível.”
Tecnicamente evoluído, gostava de jogar como extremo clássico, daqueles que partia os rins aos laterais. Na segunda época de infantis acusou algumas dificuldades devido á maior exigência competitiva e qualidade do grupo.
Perguntei-lhe o que tem feito do seu futebol: “Desde que deixei o futebol “a sério”, apenas jogo com os meus amigos ocasionalmente.”
Na transição para os iniciados, as dificuldades aumentaram, nomeadamente pelo excedente de disponíveis e por ser de 1.º Ano. Nunca aceitou ir rodar noutros clubes e desistiu. Sempre lhe disse para nunca desistir e dar uma oportunidade a si próprio. As suas convicções falaram sempre mais alto.
Sobre essa matéria vejo que não se quer alongar: “Apenas fiz a Pré-época, depois abandonei o futebol.”
Recordo a sua paixão pelo SC Farense. Ele não jogava no Clube apenas pelo prazer, jogava porque essa era a sua missão, o seu direito e a sua obrigação. Recordo também que nas viagens era ele que transformava o grupo em claque do Farense.
"Desde que me lembro de existir que me habituei a ir ver o Farense. Uma das coisas que o meu avô e o meu pai sempre fizeram, foi ao domingo levar-me ao futebol para ver a nossa equipa jogar no principal escalão do futebol português. A minha entrada para a claque deu-se quando abandonei o futebol e foi a melhor maneira que encontrei, na altura, de apoiar o meu clube, e não me arrependo em nada da escolha que fiz, muito antes pelo contrário."
Recordo que dificilmente perdia um jogo dos seniores do SC Farense e perguntei-lhe como viveu a “queda” do seu clube.
"É sempre complicado ver o nosso clube descer de divisão, ainda para mais da maneira como aconteceu, fomos desde a 1ª Divisão até á ultima. Foram momentos difíceis, principalmente quando o futebol sénior acabou. Mas isso é passado e de momento o Farense está em ascenção, apesar dos problemas que continuam a existir. Problemas que supostamente serão resolvidos com a venda do Estádio, já prevista há muitos anos e ou muito me engano ainda vai levar algum tempo, e quem sai prejudicado com isto tudo é o Farense."
Se ainda jogasse futebol, Nuno Carvalho estaria a cumprir o 2.º Ano de Juniores, não estando perguntei-lhe que projectos tinha para o futuro:
"Acabar os Estudos. De momento estou a repetir matemática do 12º ano e espero para o próximo ano lectivo entrar na universidade."
Continua assim, Nuno. Um miúdo bom, honesto, de convicções e com um coração do tamanho do mundo.
ETaylor
Recordo-me de Nuno Carvalho como um miúdo bom, honesto, de convicções e com um coração do tamanho do mundo. Como praticante era um jogador de emoções, de estatura baixa mas de elevado talento. Achava eu que era uma promessa com futuro reservado. Era só dar-lhe tempo para crescer.
Fui treinador do Nuno Carvalho durante duas épocas nos Infantis B (2001/2002) e Infantis A (2002/2003) e pertence ao grupo de trabalho que conquistou o último título do futebol infantil do SC Farense.
Perguntei-lhe que recordações guarda desse tempo: “Já foi há algum tempo mas é impossível esquecer aquelas 2 épocas, o grupo era muito unido e muita por culpa do nosso treinador também. Acima de tudo éramos um grupo de amigos que gostava de jogar futebol, pois não era só nos treinos que nos encontrávamos, éramos colegas de turma (alguns) e amigos. A melhor parte da época foi sem duvida o jogo do título, em que estávamos dependentes de terceiros e mesmo assim conseguimos ganhar na última jornada. Foi um momento inesquecível.”
Tecnicamente evoluído, gostava de jogar como extremo clássico, daqueles que partia os rins aos laterais. Na segunda época de infantis acusou algumas dificuldades devido á maior exigência competitiva e qualidade do grupo.
Perguntei-lhe o que tem feito do seu futebol: “Desde que deixei o futebol “a sério”, apenas jogo com os meus amigos ocasionalmente.”
Na transição para os iniciados, as dificuldades aumentaram, nomeadamente pelo excedente de disponíveis e por ser de 1.º Ano. Nunca aceitou ir rodar noutros clubes e desistiu. Sempre lhe disse para nunca desistir e dar uma oportunidade a si próprio. As suas convicções falaram sempre mais alto.
Sobre essa matéria vejo que não se quer alongar: “Apenas fiz a Pré-época, depois abandonei o futebol.”
Recordo a sua paixão pelo SC Farense. Ele não jogava no Clube apenas pelo prazer, jogava porque essa era a sua missão, o seu direito e a sua obrigação. Recordo também que nas viagens era ele que transformava o grupo em claque do Farense.
"Desde que me lembro de existir que me habituei a ir ver o Farense. Uma das coisas que o meu avô e o meu pai sempre fizeram, foi ao domingo levar-me ao futebol para ver a nossa equipa jogar no principal escalão do futebol português. A minha entrada para a claque deu-se quando abandonei o futebol e foi a melhor maneira que encontrei, na altura, de apoiar o meu clube, e não me arrependo em nada da escolha que fiz, muito antes pelo contrário."
Recordo que dificilmente perdia um jogo dos seniores do SC Farense e perguntei-lhe como viveu a “queda” do seu clube.
"É sempre complicado ver o nosso clube descer de divisão, ainda para mais da maneira como aconteceu, fomos desde a 1ª Divisão até á ultima. Foram momentos difíceis, principalmente quando o futebol sénior acabou. Mas isso é passado e de momento o Farense está em ascenção, apesar dos problemas que continuam a existir. Problemas que supostamente serão resolvidos com a venda do Estádio, já prevista há muitos anos e ou muito me engano ainda vai levar algum tempo, e quem sai prejudicado com isto tudo é o Farense."
Se ainda jogasse futebol, Nuno Carvalho estaria a cumprir o 2.º Ano de Juniores, não estando perguntei-lhe que projectos tinha para o futuro:
"Acabar os Estudos. De momento estou a repetir matemática do 12º ano e espero para o próximo ano lectivo entrar na universidade."
Continua assim, Nuno. Um miúdo bom, honesto, de convicções e com um coração do tamanho do mundo.
ETaylor
1 comentário:
O nuno é um exemplo de Farensismo. Sem nunca ter conhecido o Farense na primeira Liga O Nuno consegue viver e participar na vida do clube de uma forma extremamente apaixonada. ele consegue transmitir a todos, que o farense não morre!que o farense somos todos! O Futuro do grande Farense são os jovens! principalmente pessoas! como o Nuno!
força farense!!
Pedro Carrega
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