21/09/09

FARENSE NÃO VAI INSCREVER INFANTIS (6)

É importante reestruturar todo o futebol de formação. Um bom trabalho nesta área produz melhores jogadores que poderão ser aproveitados para a equipa sénior. Recuperar o lugar que o Farense já ocupou, como principal clube formador no Algarve, também faz parte da nossa linha orientadora”.
António Barão em 9.7.2009

Por causa desta questão dos infantis, estive a conversar com José Lopes Martins, Dirigente do Farense e responsável pelo Gabinete de Imprensa do Clube. Antes de mais devo agradecer a sua disponibilidade e confesso que me pareceu uma pessoa interessada em contribuir para a recuperação do Farense. Isto apesar da decisão tomada em extinguir o escalão de Infantis.

Para o Clube esta foi uma decisão tão ponderada como difícil de tomar. O escalão viu-se confrontado com a ausência de miúdos, tempo limitado para decisões e a necessidade de optar. Por um lado, apostar no escalão, com uma equipa frágil e sujeita a desistências, sem certezas de aparecerem mais jogadores, com a forte possibilidade de haver faltas de comparência e custos elevados associados. Por outro lado, não efectuar a inscrição da equipa e aproveitar os elementos disponíveis juntando-os numa equipa de iniciados. O Farense optou pela segunda possibilidade.

Coloquei a questão da precipitação da decisão e que se podia ter feito mais para cativar os miúdos que saíram. Respondeu-me que dois miúdos foram convencidos a regressar, mas confrontados com as potencialidades da equipa, decidiram não ficar. Perante este quadro, seria um risco continuar.

Este é um argumento válido, aceitável. Mas também o mais fácil e o de menor esforço. O problema é que o Farense não pode estar sujeito ou exposto a uma situação destas. É inaceitável que a estrutura tenha permitido chegar a este ponto, quando uma das linhas orientadoras era a formação. A verdade é que esta decisão pode representar custos elevadíssimos na formação do farense e a decisão foi desta direcção, não de outra.

Chega-se a apontar cenários interessantes. Com tantas escolas e clubes a fazerem formação, e com capacidades financeiras superiores ao Farense, se calhar o futuro reserva uma aposta na formação a partir dos iniciados. Ou seja, essas escolas ganham o dinheiro, conservam direitos e o Farense paga a factura depois. Claro que tudo é possível…
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Nota: José Lopes Martins assegurou que o afastamento de Nehuen Crespi não se deveu ao facto deste pertencer à claque.
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ETaylor

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